Clube terá consequências anímica, esportiva e financeira com eliminação para o Sousa.
O Cruzeiro escreveu o pior capítulo de sua história gloriosa na Copa do Brasil até hoje. Maior campeão da competição, com seis títulos, o time foi castigado pelos dois gols sofridos para o Sousa (equipe da Série D do Brasileiro e com orçamento 40x menor), pelo gramado encharcado do estádio Marizão e pela postura que adotou, principalmente, no segundo tempo. Eliminado na primeira fase com derrota por 2 a 0.
A derrota aniquilou o objetivo mínimo de chegar às oitavas de final da Copa do Brasil. Parou ainda na primeira fase do torneio. Inegavelmente, irá aumentar as cobranças em cima da gestão do futebol e do trabalho de Nicolás Larcamón, por mais que ele tenha tido bom início de Campeonato Mineiro. Mas uma eliminação desse tamanho tem impacto grande.
Abriu ferida profunda no projeto de 2024, tendo em vista a questão anímica, esportiva e financeira da SAF de Ronaldo Fenômeno, que teve seu principal debacle esportivo desde que assumiu o futebol em dezembro de 2022.
Será preciso um grande trabalho no clube para superar a queda na Copa do Brasil. Esportivamente porque o Cruzeiro escreve o pior momento da história, sendo eliminado na primeira fase por um time com investimento bem inferior.
Mesmo nos momentos mais críticos do clube, em 2020, 2021 e 2022, o Cruzeiro passou da primeira e segunda fases, afastando qualquer zebra, por mais que elas pudessem ser consideradas mais prováveis. Contra a Juazeirense, em 2021, a eliminação foi negativamente histórica, mas na terceira fase.
Também há a parte anímica. Interna e externa. Larcamón e a diretoria de futebol terão que realizar um trabalho de reanimação do grupo de jogadores e de si próprios diante dos resultados. A sombra do Sousa ficará pairada, por um tempo, no Cruzeiro.
Será preciso lidar também com as cobranças externas. Pelo tamanho que tem, espera-se sempre que o Cruzeiro seja protagonista e esteja, minimamente, nas fases mais distantes das competições. Uma eliminação como essa causa ferida no torcedor.
E também tem a parte financeira. O Cruzeiro deixará de ganhar R$ 1,785 milhão pela classificação à segunda fase. Se contar o objetivo mínimo, que era estar nas oitavas de final, fala-se em mais de R$ 7 milhões que não entram no caixa do clube.
A ferida pela eliminação é profunda e exigirá muito da gestão de Ronaldo Fenômeno, Nicolás Larcamón e jogadores. Não é terra arrasada, mas é impacto profundo.
Historicamente, o Cruzeiro sempre foi um clube de muitas cobranças, porque geralmente esteve em disputas importantes e acostumou seu torcedor a momentos de orgulho. Não de vergonha.
Fonte: GE
